VISITAÇÕES EM CRIATÓRIO / GATIL
Você já foi num criatório de aves e observou que quando as aves percebem pessoas estranhas, a grande maioria começam a gritar?
Em canil já observou os cães latindo desesperadamente para avisar da presença de pessoas estranhas?
Os animais em geral defendem seu ninho e território em forma de gritos, cada espécie age diferente, mas se estressam com visitações e eles percebem quando aparecem indivíduos ou pessoas estranhas no pedaço.
Visitações constantes em criatórios causam enorme estresse nos animais, consequentemente terão problemas de saúde e baixa produtividade na criação. O mesmo não acontece com animais que não estão em reprodução ou castrados.
Para que os criatórios possam receber visitações sem estressa-los é preciso isola-los e fazer estruturas sem que os animais visualizam pessoas estranhas na área e sem que sintam vibrações e sem ofato. Normalmente estruturas assim são para grandes criatórios comerciais e geralmente os criadores idôneos criam em casa inviabilizando estruturas adequadas para visitações.
Visita ao Criador é um tema muito polêmico nos dias de hoje.
É recomendado por vários sites, blogs, veterinários e outros agentes envolvidos com cães ou gatos que antes de adquirir um filhote, seja realizada uma visita ao criador. Será que é uma teoria correta visitar criatórios?
Muitas pessoas acatam essas recomendações e procuram sempre visitar os canis ou gatis onde desejam adquirir o filhote. E muitas vezes descartam os locais onde a visita não foi permitida.
Os melhores criadores não estão abrindo suas casas para o público.
Mesmo comprando e vendo o gato de perto, não isenta do mau trato quando a visita vai embora.
Mau trato não significa bater nos animais ou engaiolar, envolve também aos produtos de péssima qualidade oferecidos aos animais, exames/laudos que não são feitos, bem como na falta de carinho. Portanto é sempre importante investigar primordialmente quem já adquiriu animais com o criador e tiveram bons resultados. Maus tratos significa submeter o animal ao estresse de visitações, que em muitos casos em várias espécies defendem seu ninho e território e a presença de pessoas estranhas no local induz estresse nos animais.
Animais vivendo em gaiolas, são aqueles que não tem espaço suficiente para correr e brincar. As gaiolas podem ser na forma de alvenaria ou grades de ferro. Nem todo espaço de grades são gaiolas.
Lembrando que pessoas leigas que adquirem animais precisam manter a qualidade de vida do animal, caso contrário adoece e depois coloca a culpa no criador.
Outra coisa para pensar...se o criador não vive somente da criação, o pouco tempo que sobra é para cuidar da criação. Será que gastando tempo para receber visitas, a criação seria melhor do quem não recebe visitas?
Geralmente os criadores tem seus animais dentro de casa, então torna inviável certas instalações que separa os animais da visita. Visitação poderá oferecer perigo para toda a criação.
Então como a pessoa deve recorrer para não adquirir animais de fundo de quintal? A pessoa deve buscar referência de quem já comprou com o criador e verificar autenticidade dos documentos como laudos veterinários, exames e contratos. Um filhote que veio de pais com maus tratos não atinge robustez e saúde.
Fiscalização
A visita a um criador poderá ser uma das formas que a sociedade tem de fiscalizar e identificar pessoas que utilizam a criação de cães e gatos para extrair lucro em detrimento de condições péssimas.
Na maioria das vezes essas pessoas são identificadas através de denúncias de outras formas (vizinhos, vídeos, ex-funcionários, agente públicos, etc.) e não necessariamente de visitas. Geralmente os filhotes vendidos por essas pessoas também acumulam uma série de problemas…
Porém grande parte desses criatórios não possuem ambientes adequados, autorização para o público e não reconhece os perigos de visitação que um criador fica exposto, bem como os perigos aos animais. As pessoas que visitam esses criatórios, de forma indireta, são responsáveis por esses problemas.
Outra coisa, a maioria das pessoas não são peritos na criação de uma determinada raça e espécie podendo simplesmente apontar maus tratos que não existe e também sem conhecer o histórico de cada animal, portanto novamente, a visitação para fiscalização acaba se tornando desnecessária.
É importante frisar: Os profissionais como médicos veterinários, zootecnistas, biólogos não conhecem todas as raças e todas as espécies. As variedades são enormes, as personalidades dos animais também!! Os que realmente conhecem são os próprios criadores, simplesmente porque estudam constantemente sobre a raça ou espécie em que criam.
Perigos Envolvidos
É cada vez mais comum que criadores não permitam visitas aos locais da criação. E as razões pode ser várias!
1) Local privado.
Muitos criadores possuem as criações em suas residências. Portanto, trata-se de um local privado. É onde o criador vive com sua família e seus cães e gatos.
Muitas vezes os animais vivem soltos, sem corredores separados das visitas que não possam toca-los etc.
Portanto não há muito o que ver, a não ser animais andando pela casa do criador. O que o visitante iria conhecer era a casa do criador, seus pertences, sua família, etc…
Esse tipo de criação não é incomum e visitações por si só não significa em nada na qualidade dos gatos e nem na qualidade de vida deles.
2) Segurança
Você já ouviu falar onde existe circulação de pessoas desconhecidas precisa de autorização do corpo de bombeiro? Muitas das vezes não é regra, mas faz parte da segurança, portanto é inviável fazer sua casa de circuito turístico.
Infelizmente vivemos em um país onde a segurança não é o forte de nossa sociedade.
Bandidos fazem contas simples, eles vem quanto pedem por um filhote e multiplicam pela quantidade de animais e pronto! O alvo está identificado.
Histórias de roubos a criadores são cada dia mais comuns. Plantéis inteiros já foram roubados das mãos dos criadores.
Essa violência de nosso dia a dia ajuda a mudar o comportamento dos criadores. Dessa forma, acaba-se preservando a vida de todos, criador, seus familiares e seus animais.
Não é incomum encontrar criadores na web e não conseguir localizar seu endereço físico. Essa é uma das práticas recomendadas para um site de criador.
Se os animais forem de pequeno porte, a segurança torna-se ainda mais importante. Pois é muito mais fácil roubar um bulldog francês, um spitz alemão ou um gato, do que entrar em um criador de pastor alemão, rottweiller ou dogo argentino!
Mesmo a utilização de câmeras não inibe a ação desses meliantes.
O envio de documentos antecipadamente, limitação da quantidade de visitantes, etc podem minimizar o risco, mas a única forma de eliminá-lo e não correr o risco. Afinal, instalar portas giratórios anti metais em canis e gatis de residência é caro e inviável e ilógico!!!
3) Saúde
Abordamos aqui a segurança biológica que não é visível a olho nu, mas ele age silenciosamente oculta.
Aglomerações de quaisquer animal (incluindo nós!) geram um risco enorme para eles. Um agente infeccioso pode encontrar um ambiente extremamente propício para se dissipar.
Filhotes são ainda mais frágeis e estão extremamente desprotegido das principais doenças que os afetam. O ciclo de vacinas muitas vezes nem iniciou ou não estão concluídos. É bom destacar que laboratório de vacinas nenhum dão garantia de 100%. Se um gato vacinado entrar em contato com um agente mortal, não tem garantia que ele se contaminará.
Muitos vírus e bactérias são muito resistentes e podem permanecer no ambiente por muito tempo até que encontre um animal que possa infectar.
Muitas vezes o criador não tem como saber por onde o visitante ou visitantes andaram. Algumas vezes podem ter vindo de outro criador ou podem ter andando em locais públicos de alto risco.
Seria inviável para o criador instalar os mesmos dispositivos sanitários que são utilizados em locais onde a contaminação é levada muito a sério.
Mesmo se um visitante tiver contato com um animal adulto vacinado, esse animal poderá ser vetor e levar o agente infeccioso para uma ninhada ou para outros animais.
Não é raro um criador ter animais convalescendo, animais idosos ou mesmo filhotes. Portanto, por si só, é um ambiente que já exige uma atenção constante do próprio criador e dos hábitos de quem tem contato com os gatos.
Algumas doenças podem destruir uma criação ou levar a um sofrimento enorme para os animais e consequentemente para o criador.
Portanto, manter o ambiente sem riscos de contaminações externas é fundamental para manter a saúde dos animais em condições.
Explicando
Cabe ao criador explicar de forma educada e clara os motivos pelos quais não aceita visita.
Publicar em uma rede social que “não é um zoológico” não é uma das formas mais simpáticas para falar com as pessoas. Nada de cometer aqueles erros que já listamos aqui e fazer longos desabafos sobre isso.
Pessoas esclarecidas compreendem com facilidade os pontos elencados, contudo, na maioria dos casos, as pessoas acham que o criador tem obrigação de mostrar todo o criatório, portanto cabe o criador negar uma venda, caso essa for a prioridade de um cliente. Se a pessoa não quiser compreender, o velho e clássico: “Desculpe, mas não poderemos permitir visitas. Se você se sentir mais confortável, poderá escolher outro criador que as aceite.”
Você pode explicar em sua rede social ou, melhor ainda, em seu site a “Política de Visitas”. Dessa forma poderá enviar o link para uma pessoa que solicitou visitá-lo.
Tecnologias
As tecnologias presentes no dia a dia nos permite resolver o problema de forma muito fácil e simples.
Caso um visitante solicite uma visita, você poderá fazer uma conferência pela web, em vídeo, fotos e mostrar a ninhada e os pais.
Em caso de gatos, alguns deles não aceitam visitas, ficando desorientados e com medo, já que o criatório não recebe visitas é normal os animais sentirem medo com estranhos.
Essas tecnologias permitem que o criador não publique seu endereço e conseguirá demonstrar ao interessado o que ele deseja visualizar.
Em caso de visitas
Alguns criadores, por outro lado, usam a visitação como uma forte ferramenta de vendas. Ainda mais se os animais forem de guarda ou de grande porte.
Mesmo assim, o criador deve tomar os cuidados para evitar que os 3 itens principais sejam atendidos:
– Privacidade
Separe um local para receber as visitas. Se for possível um local onde o cliente veja os gatos, será melhor. Caso não seja possível, leve-o a um escritório ou local apropriado.
– Segurança
Procure investigar ao máximo sobre as pessoas que desejam visitá-lo.
As redes sociais ajudam muito nesse quesito. É possível também colocar o nome do interessado no Google e verificar o que ele traz.
– Saúde
Caso você aceita visita, Exija que os visitantes lavem as mãos assim que chegarem, troque de roupe e coloque sacolas nos pés. Mas seja educado nessa solicitação.
Evite que ele tenha contato com os filhotes, caso o ciclo de vacinação não esteja completo. Se for o caso, prepare uma área onde os filhotes possam brincar sem contato com os clientes.
Se possível, evite que o visitante fique andando pelas instalações.
Você pode preparar um pano molhado com água sanitária ou qualquer produto desinfetante para que o visitante pise sobre ele. Lembrando que a contaminação não vem apenas da sola do sapato... as roupas são também importantes.
O cuidado com a saúde deve ser sempre levado muito a sério!
Conclusão
A visitação é uma decisão que deve ser tomada caso a caso e depende exclusivamente de cada criador.
Para criadores de animais de pequeno porte, essa possibilidade de visitas é cada dia mais rara. E não é nem indicada que a visitação seja permitida.
Criadores de animais de grande porte ainda tem mais o hábito de receber visitantes, mas isso pode mudar.
As tecnologias estão aí para ajudar os criadores e os interessados. Cabe ao criador saber usá-las e se comunicar bem com seus clientes!
Texto de Eduardo Antunes e adaptado por Kaline Costa Pinto
SEMPRE QUESTIONE:
- Digamos que você comprou um filhote com 2 meses e que será liberado depois dos 4 meses. Você gostaria de saber que seu filhote comprado passará de mãos em mãos por cada visitante no gatil?
- Você conhece a diferença de criador sério com comerciantes? Como um criador sério que não vive do gatil e que considera a criação um hobby conseguiria achar tempo para receber visitas ao gatil e bater papo com os futuros tutores por telefone sendo que o criador trabalha para seu sustento e as horas extras estaria cuidado da criação? Observe criador sério pede para não ligar no telefone e sim deixar recado por mensagem;
- Pergunte a você mesmo. Qual o melhor, você comprar um gato vendo com os olhos a criação que aparentemente acha que está bem e mais tarde seu filhote apresentar problemas de saúde, ou você preferir criador que se isola de visitas, mas tem referência e resultados significantes na saúde de seus gatos?
No gatil Catkin não permite visitações dentro do gatil e toque nos gatinhos a venda. É mostrado filhotes e os pais por vídeos e fotos. Os gatos são isolados na área do gatil evitando pisaduras (evita animais aleijados), estresse e e doenças das mais variáveis formas por meio de visitações..
No gatil Catkin mostra fotos e vídeos dos gatinhos disponíveis e se quiser buscar o filhote no gatil será mediante contrato de transferência de propriedade do gatinho devidamente reservado. As pessoas serão recebidas na sala de visitas sem acesso ao gatil.
*** 4 fatores primordiais que o gatil Catkin não recebe visitas para olhar a criação:
- Segurança da família roubo e acidentes com os animais (pisaduras); segurança inclui pessoas e animais e segurança biológica. Uma criatório para ser aberto ao público precisa da liberação do corpo de bombeiro e sanitário e colocar medidas de segurança do local, além de empregados e babas para que o criatório fique livre para tempo extras de visitas (e isso encarece muito o filhote);
- Segurança de higienização - se não temos empregados, não podemos mandar as pessoas a cada visita lavar mãos e pés, trocar de roupas por uma higienizada no gatil; E se mandar muitas sentirão ofendidas;
- Tempo limitado - Temos outros trabalhos, além do gatil.
- Os gatos se estressam com pessoas estranhas. Em criatório temos: Animais em convalescença, bebês não vacinados, gatas amamentando (que poderá secar o leite por estresse), gatos no período de cruzamento, gatas gestantes, animais com baixa imunidade seja após vacinação ou outra situação. Gatos reprodutores já sofrem estresse reprodutivo. Não podemos submetê-los com mais situações de estresse.
Portanto se querem referência de bons tratos com um gatinho é só pedir ou pesquisar. Quem já adquiriu gatos Catkin tem resultado da criação.